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Cinema, TV, Streaming

Crítica: OLHOS QUE CONDENAM

Confira a crítica exclusiva de nosso colaborador Andreas Pabst de “Olhos que Condenam”, minissérie Original Netflix!

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Cena de “Olhos que Condenam”
Créditos da Imagem: Netflix

Falar sobre racismo é sempre complicado e triste, muito triste, e, para mim, é um crime indesculpável e inadmissível. Uma das mais vis e baixas atitudes que um ser humano pode cometer.

Aqui, a expressão “no lugar errado e na hora errada” é levada até as últimas consequências de uma fora assustadora.

Dividido em 4 concisos episódios de cerca de 1h10, OLHOS QUE CONDENAM (When They See Us) é uma minissérie obrigatória, tanto por sua qualidade (como um todo), quanto pelo fato de que é uma história que precisava ser contada com esse esmero e realidade.

A Netflix está de parabéns!

OLHOS QUE CONDENAM conta a história do que ficou conhecido como “Os cinco do Central Park” ou “O Crime da Corredora”, um triste e impressionante crime que choca mais pelo que aconteceu do que pelo próprio e hediondo crime em si, que já seria deveras chocante.

Baseada nos eventos ocorridos em 19 de abril de 1989 no Central Park em Nova York e nas consequências desses eventos na vida dos 5 jovens acusados injustamente por um crime que eles não cometeram, a minissérie foge de qualquer esteriótipo e clichê do gênero, entregando uma obra prima que merece e precisa ser vista.

Destaque, também, para a excelente direção de fotografia e do roteiro impecável.

Brilhantemente dirigido e escrito (com a colaboração de outros roteiristas) por Ava Duvernay, indicada ao Oscar de melhor diretora pelo ótimo Selma, que também aborda a questão racial nos EUA, OLHOS QUE CONDENAM é contado de uma forma tensa e emocionante, e é impossível não se colocar no lugar desses cinco jovens, que tinham entre 14 e 16 anos à época dos acontecimentos.

A série foca na vida desses cinco jovens, Korey Wise, Anton McCray, Raymond Santana, Kevin Richardson e Yusef Salaam (quatro negros e um hispânico) e de como, infelizmente, acabaram sendo condenados por esse crime que não cometeram.

Os eventos que levaram à condenação dos jovens, bem como o crime em si e toda a política envolvida naquele fatídico dia são apenas pano de fundo para uma história triste e envolvente que nos leva a refletir sobre muitas coisas, mas, principalmente, sobre como pode uma coisa absurda dessas ter ocorrido há “apenas” 30 anos!

Destaque para as participações de Vera Farmiga (Invocação do Mal), John Leguizamo (O Verão de Sam), Famke Janssen (X-Men) e do sumido Joshua Jackson (da série teen Dawson’s Creek).

É impossível não se emocionar e ficar indignado com tudo o que a série mostra. Segurar as lágrimas no último e mais impactante dos episódios não é tarefa fácil.

Uma das melhores minisséries baseadas em fatos que eu já assisti.

OLHOS QUE CONDENAM é uma obra obrigatória, como já mencionei, mas também é uma obra essencial para combater e alertar contra os absurdos de crimes raciais, crime este, aqui, cometido por quem deveria nos defender e proteger.

Sobre a Netflix

A Netflix é o principal serviço de entretenimento por internet do mundo. São 148 milhões de assinaturas em mais de 190 países assistindo a séries, documentários e filmes de diversos gêneros e idiomas. O assinante Netflix pode assistir a quantos filmes e séries quiser, quando e onde quiser, em praticamente qualquer tela com conexão à internet. O assinante pode assistir, pausar e voltar a assistir a um título sem comerciais e sem compromisso.

Andreas Pabst é membro da Tolkien Society, a mais respeitada organização de estudos da obra de Tolkien no mundo, professor de inglês há mais de 10 anos e também tradutor. Andreas Pabst escreve como convidado para a POLTRONA DIGITAL.

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