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Cinema, TV, Streaming

Crítica: O REI LEÃO

Caio Gaona

Publicado em

Pôster de “O Rei Leão”
Créditos da Imagem: Disney

Sou um grande fã da animação O Rei Leão (1994), e foi através dela que entendi a morte e vi pela primeira vez um personagem querido morrendo, no caso, Mufasa (James Earl Jones, que repete seu papel neste reboot em live action).

Minhas expectativas para esse filme eram gigantescas, tanto quanto à versão legendada quanto à dublada, pelo fato de uma amiga minha, Graça Cunha, estar no elenco de dubladores brasileiros.

Mas, ao ser convidado pela Disney para a cabine de imprensa do filme, a sensação que tive ao sair da sala de cinema foi decepção, não pelo roteiro, porque o roteiro é exatamente o mesmo que o da animação clássica, e a trilha sonora, apesar de algumas mudanças generosas e adições, como a canção “Spirits”, de Beyoncé, que, apesar de dublar a personagem Nala, tem a música em questão não entoada pela personagem, e isso faz com que ela fique meio perdida no decorrer do filme.

O que esta animação de Jon Favreau (Homem de Ferro 1 e 2 ) peca é no realismo dos animais, que acabam sendo tão “realistas” a ponto de serem inexpressivos, e, pasme, se você convive com animais em casa, principalmente felinos, sabe que eles demonstram alegria, tristeza e raiva, e é exatamente nesse quesito que O REI LEÃO apanha.

Tudo soa muito plástico e inexpressivo, diferente de Mogli: O Menino Lobo (2016), também dirigido por Favreau, e que, no caso, conseguiu passar as expressões para o espectador, principalmente nos personagens felinos (Baguera e Shere Kan), mas, em O REI LEÃO, infelizmente, não consegue, o que acaba tornando o filme frio e sem apelo emocional, apesar de sua história ser, sim, emocionante.

Outro ponto fraco é a dublagem, não pelos dubladores, mas pelo problema de lipsync dos personagens com a voz dos atores/dubladores, e isso faz parecer que os sons não são emitidos pelos animais.

O ponto forte é, com certeza, os grandes cenários maravilhosos feitos por computação gráfica e a trilha sonora instrumental composta por Hans Zimmer, que ainda passa emoção e pontua muito bem os momentos de tensão, principalmente “Battle for the Pride Rock”.

Em suma,  O REI LEÃO poderia ter sido uma experiencia maravilhosa, mas, na minha opinião, tornou-se um filme sem emoção, apesar de muito belo visualmente.

Sinopse

Traído e exilado de seu reino, o leãozinho Simba precisa descobrir como crescer e retomar seu destino como herdeiro real nas planícies da savana africana.

Ficha Técnica

Título: O Rei Leão (Original: The Lion King)
Ano de Produção: 2019
Direção: Jon Favreau
Estreia: 18 de julho de 2019
Duração: 118 minutos
Classificação 10 – Não recomendado para menores de 10 anos
Gênero: Aventura, Drama, Família, Musical
País de Origem: EUA

Agradecimentos: Disney

Caio Gaona é baterista, professor de bateria, membro das bandas Triscore e InVida, e idealizador do projeto Geek Batera, em que grava vídeos para o YouTube tocando bateria sobre trilhas sonoras de filmes, séries e animes.

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