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Cinema, TV, Streaming

Crítica: STRANGER THINGS

Stranger Things, a mais nova série de sucesso da Netflix, vai agradar a todos os fãs de uma ótima série de sci-fi e terror.

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Cartaz de "Stranger Things" Créditos da Imagem: Netflix

Cartaz de “Stranger Things”
Créditos da Imagem: Netflix

Voltei no tempo, a uma época em que tudo era mais simples e divertido. Passar horas jogando Dungeons & Dragons e aventurando-se pelo bairro era coisa comum, e o maior risco era levar uma boa surra por chegar tarde em casa. Conhecíamos todos à nossa volta. Era uma época sem estresse e sem o frenesi causado pelo excesso de informações e pressa para tudo dos dias de hoje.

Era a época de ET – O Extraterrestre e Os Goonies, e vou citar apenas essas e mais algumas ótimas referências que encontramos em STRANGER THINGS, a excepcional série da Netflix lançada em 15 de julho, já com seus 8 concisos e muito bem amarrados episódios. As outras inúmeras referências ficam por sua conta encontrar, e não vale ir ao Google e ler várias matérias sobre a série que estão circulando pela Internet.

O sucesso repentino é merecido! Matt e Ross Duffer, os irmãos Duffer, são os autores e criadores da série e dirigem a maior parte dos episódios. Eles usaram de forma inteligente diversos elementos de vários filmes de sucesso dessa época maravilhosa (anos 1980) em uma trama de suspense e muita aventura. Em seu currículo, eles têm apenas um filme, ainda inédito no Brasil; Hidden, 2015.

STRANGER THINGS tem gratas surpresas, não só pela nostalgia, mas também pelo excelente elenco de jovens atores; Finn Wolfhard (Mike), Millie Bobby Brown (Onze), Gaten Matarazzo (Dustin), Caleb McLaughlin (Lucas) e Noah Schnapp (Will). Também temos o retorno de conhecidos atores como Winona Ryder (Os Fantasmas se Divertem, Adoráveis Mulheres), e Matthew Modine (A Ilha da Garganta Cortada). Com um destaque especial para David Harbour (O Protetor, Aliança do Crime), que interpreta o Delegado da cidade.

A trama começa com o desparecimento de Will Byers, na pequena cidade de Hawkings, no estado de Indiana, EUA. Sua mãe, seus amigos e o Delegado começam a investigar o misterioso desaparecimento e envolvem-se em uma aventura  cheia de mistérios, aventura, suspense e alguns bons sustos.

Além de ser um ótimo entretenimento, a série se destaca pela diversão em encontrar as referências ao longo da série, os famosos “easter eggs”, e olha que não são poucos. Uns mais evidentes, outros, bem mais sutis. Eu, como fã de Tolkien, posso mencionar duas referências de duas de suas mais famosas obras: uma é clara e fica bem evidente, a outra, desafio você, caro leitor, a encontrar. Ambas estão no primeiro episódio.

STRANGER THINGS vai agradar a todos os fãs de uma ótima série, mas, especialmente, os que viveram e cresceram nos maravilhosos anos 1980. Volte no tempo, você também, e divirta-se com uma das melhores séries de 2016, e sem exageros, dos últimos anos.

E é tudo o que posso falar para despertar a sua curiosidade, caso contrário, entregaria muitas de suas referências e daria, sem querer, alguns spoilers.

Portanto caro leitor, assista!

Sinopse

Situada no interior de Indiana, na década de 1980, a história inicia com o desaparecimento de Will, um menino de 12 anos. Enquanto a família e os amigos tentam entender o que aconteceu, o chefe de polícia Hooper inicia uma investigação e se depara com experiências secretas conduzidas pelo governo numa base militar no subúrbio da cidade. Ao mesmo tempo, os amigos de Will – Mike, Dustin e Lucas – tentam localizá-lo por conta própria, mas acabam encontrando Eleven, uma menina misteriosa, com estranhos poderes.

Ficha Técnica

Título: Stranger Things (Original: Stranger Things – Season 1)
Ano de Produção: 2016
Direção: Matt Duffer, Ross Duffer, Shawn Levy
Estreia: 15 de julho de 2016
Duração: 402 minutos
Classificação: 16 anos
Gênero: Aventura, Terror
País de Origem: Estados Unidos da América

Andreas Pabst é membro da Tolkien Society, a mais respeitada organização de estudos da obra de Tolkien no mundo, professor de inglês há mais de 10 anos e também tradutor. Andreas Pabst escreve como convidado para a POLTRONA DIGITAL.

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