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Crítica | A Qualquer Custo
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Os irmãos farão qualquer coisa para salvar seu rancho. E o delegado fará qualquer coisa para prendê-los.
Colaboração: Leonel A. L. Andreoli
Última cabine de imprensa em 2016, e voltei ao primeiro cinema onde participei de uma: Espaço Itaú, no Shopping Frei Caneca. Foi lá que assisti Jovens, Loucos e Mais Rebeldes em setembro.
Pois bem… dessa vez fui assistir ao filme A Qualquer Custo (Hell or High Water). Situação um tanto irônica, pois eu havia dito ao Kleber [Pedroso, o Editor] que assistiria esse filme a qualquer custo e acabei recebendo uma segunda chance para isso, visto que, na primeira, não pude comparecer por motivos de saúde.
A Qualquer Custo (Hell or High Water) é dirigido por David Mackenzie e conta a história de dois irmãos, Toby (Chris Pine) e Tanner (Ben Foster), que começam a roubar agências bancárias para pagar a hipoteca do rancho que pertence à família. Tanner cuidou de sua mãe no rancho até sua morte alguns dias antes do início dos assaltos, e Toby saiu da cadeia recentemente, onde cumpria pena por assaltar um banco.
Com planos bem elaborados, a dupla conhece assaltar sem nenhum problema as primeiras agências, mas a eficácia dos roubos desperta a curiosidade do delegado Marcus Hamilton (Jeff Bridges), que está prestes a se aposentar. Junto a seu parceiro Alberto, do qual o delegado faz questão de encher o saco usando piadas de mau gosto sobre o fato dele ser mestiço de nativo norte-americano e mexicano, começa a caçar a dupla de ladrões.
Após descobrirem que uma das agências que planejavam roubar foi fechada, os irmãos se veem obrigados a mudar os planos, atacando uma agência em uma cidade maior, totalmente fora dos padrões até então adotados por eles. A situação inusitada leva Toby e Tanner a cometerem erros, e isso coloca os moradores da cidade e a polícia em sua cola, gerando uma perseguição frenética, com intensa troca de tiros de ambos os lados.
Após os devidos acertos de contas, A Qualquer Custo tem um encontro um tanto inusitado encerrando sua trama.
A Qualquer Custo parece um filme de faroeste moderno, em que as diligências são substituídas por bancos e em vez de nativos norte-americanos atacando-as, temos os irmãos Toby e Tanner. E outrora representada pelos soldados da cavalaria, a polícia aparece para incluir os “mocinhos” na história.
As razões que levam Toby e Tanner a cometer os crimes nos levam a um dilema ético, onde o certo e o errado se misturam. Além disso, sempre presente nas conversas tanto entre os irmãos quanto entre os patrulheiros, a questão dos bancos tomando as terras daqueles que estão ali há mais de 150 anos, passando suas propriedades de geração, em geração é muito discutida.
Mais obscuro do que os motivos que levam os irmãos Howard a roubar bancos é o motivo de Hamilton implicar tanto com Alberto e estar tão obcecado em prender os ladrões de bancos. Às vésperas de se aposentar, estaria o delegado buscando um caso que o levasse a ser chamado de herói? E a implicância com o Alberto seria de fato racismo ou Hamilton estaria usando isso como parte de um treinamento informal para que ele estivesse melhor preparado para assumir o cargo após sua aposentadoria?
A Qualquer Custo é um ótimo filme tanto para aqueles que gostam de dramas quanto para aqueles que apreciam filmes repletos de cenas de ação. E vale ressaltar que há, também, momentos de muito humor no filme, que rendem boas risadas, principalmente em se tratando das personagens Elsie (Dale Dickey) e Jenny Ann (Kate Mixon).
O filme tem lançamento previsto para 2 de fevereiro de 2017, e eu recomendo que, assim como eu, vocês assistam A Qualquer Custo a qualquer custo, pois este filme vale a pena.
Ficha Técnica
Título: A Qualquer Custo
Título em inglês: Hell or High Water
Duração: 1h42
Gênero: Suspense, drama
Origem: Estados Unidos
Direção: David Mackenzie
Elenco: Chris Pine, Ben Foster, Jeff Bridges, Marin Ireland, Kevin Rankin, Dale Dicken, Kate Mixon
Agradecimentos: California Filmes, Espaço Itaú de Cinema
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Leonel Andreoli é formado em Turismo e Hospitalidade pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo - FATEC. É proprietário da Anime Fair Eventos, cujo principal foco são eventos para o público nerd/geek/otaku. Seu principal projeto atualmente é o “Anime Fair Embu”, que ocorre na cidade de Embu das Artes. Leonel escreveu como convidado para a POLTRONA DIGITAL.