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Cinema, TV, Streaming

DJON ÁFRICA

Gustavo Bispo

Publicado em

Pôster de “Djon África”
Créditos da Imagem: Vitrine Filmes

Quando eu era criança, meu pai me deu um livro chamado “Odisseia”. Era a história de como Ulisses, um soldado que lutou na Guerra de Troia, conseguiu voltar para casa depois de uma viagem longa e conturbada.

O livro era uma versão resumida do original, bem curto, devia ter menos de 100 páginas, mas, para um garoto de 8 anos, foi um desafio. Entretanto, as aventuras de Ulisses me cativaram de um jeito que criou em mim essa fascinação de conhecer e visitar diversos lugares do mundo. Por isso, uma das coisas que eu mais gosto.

E é sobre isso que se trata DJON ÁFRICA. Um filme que conta a história de um jovem que vive na periferia de Portugal, chamado Miguel, que viaja pela África a fim de encontrar seu pai, um home que o abandonou quando ainda era criança.

Demorei um pouco para me acostumar com o jeito português de se fazer cinema, mas, aos poucos, consegui imergir no filme. Dirigido por Filipa Reis e João Miller Guerra, o filme pode não ser uma aventura tão empolgante quanto Odisseia, mas ganha emoção cada vez mais que o filme ganha corpo.

A atenção aos detalhes é essencial para conseguirmos captar a emoção e, até mesmo, o enredo do filme. Muita coisa da trama fica subtendida, e qualquer distração pode ser muito prejudicial para o entendimento.

Esses fatores fazem de DJON ÁFRICA um filme muito bem feito, porém, há um defeito que encobre as demais qualidades do filme: o roteiro, apesar de bem construído, se mantém constante, com poucos pontos de clímax, fazendo com que o filme tenha um aspecto arrastado e mais longo do que necessário.

Mesmo com esse defeito de roteiro, DJON ÁFRICA é muito bom, com uma fotografia excelente e muito bem trabalhado.

Vale a pena ser visto.

Sinopse

Miguel Moreira, também conhecido como Tibars e Djon África, descobre que a genética pode ser cruel quando sua fisionomia – bem como alguns de seus fortes traços de personalidade – o denunciam imediatamente como o filho de seu pai; alguém que ele nunca conheceu. Esta descoberta intrigante leva-o a tentar descobrir quem é este homem. Tudo o que ele sabe sobre ele é o que sua avó, com quem ele sempre viveu, lhe contou.

Ficha Técnica

Produção: Terratrema Filmes, Desvia Filmes, Oll, Uma Pedra no Sapato
Elenco: Miguel Moreira, Isabel Cardoso
Direção: Joao Miller Guerra, Filipa Reis
Roteiro: Pedro Pinho
Ano: 2018
Duração: 96 min
Gênero: Ficção

Sobre os Diretores

Filipa Reis e João Miller Guerra vivem e trabalham juntos em Lisboa. Filipa formou-se em Gestão e tem uma pós-graduação em Cinema e Televisão. João licenciou-se em Design de Equipamentos e completou estudos em Pintura e Artes Plásticas. Juntos realizam filmes desde 2010, documentários e curtas-metragens, exibidos e premiados em festivais nacionais e internacionais de cinema. Em 2018 terminaram seu primeiro longa-metragem de ficção, DJON ÁFRICA, que estreou mundial na Tiger Competition do International Film Festival of Rotterdam e ganhou o prémio FIPRESCI do júri e uma menção honrosa no Festival Internacional do Uruguai.

Em 2008, fundaram a VENDE-SE FILMES, onde trabalham projetos televisivos e, simultaneamente, desenvolvem o seu trabalho de cinema sob a designação UMA PEDRA NO SAPATO. Aqui trabalham os seus filmes e projetos documentais e de ficção de outros autores como Margarida Cardoso, Leonor Teles, José Filipe Costa, Paulo Abreu e Mónica Lima. Os filmes da UMA PEDRA NO SAPATO têm sido exibidos e premiados em festivais como Berlim (Urso de Ouro 2016), Cannes (L’ACID 2018), Festival Internacional do Rio de Janeiro, Bafici, Cinéma du Réel (prémio SCAM 2018), Mar del Plata, Festival do Uruguai, FIDMarseille, IDFA, DOKLeipzig, Oberhausen, Visions du Réel, Olhar de Cinema Curitiba, Clérmond-Ferrand, New Directors/New Films, Moscow FF, Janela Internacional de Cinema Recife, Hong Kong, FilmFest Munchen, FICUNAM, Festival dei Popoli, Edinburgh IFF, Sheffield, Melbourne FF e Durban IFF, entre muitos outros. Como realizadores e produtores para televisão, sob a marca VENDE-SE FILMES, Filipa e João são responsáveis por mais de 100 horas de conteúdo independente e factual de televisão, desde séries de ficção a séries documentais.

Sobre a Produtora

Desvia é uma produtora Brasileira independente fundada em 2010 pelo diretor Gabriel Mascaro e pela produtora Rachel Ellis. O foco da empresa é a produção de conteúdo audiovisual para o cinema que pesquisa narrativas inovadoras. A produtora tem um foco em co-produção internacional e seus filmes têm sido lançados em alguns dos mais importantes festivais do mundo (Veneza, Locarno, Toronto, San Sebastian, IDFA, Rotterdã).

Sobre a Sessão Vitrina Petrobrás

Cada filme da SESSÃO VITRINE PETROBRAS terá pelo menos uma sessão diária com horário fixo, nos mesmos cinemas de mais de 20 cidades. Os filmes ficarão em cartaz por no mínimo duas semanas em cada cidade. A intenção é que uma programação mensal e um horário fixo tornem-se um referencial e criem um público cativo.

Em 2018, a SESSÃO VITRINE PETROBRAS estará nas seguintes cidades: Rio Branco (Cine Teatro Recreio), Maceió (Cine Arte Pajuçara), Fortaleza (Cinema do Dragão), Brasília (Cine Brasília e Espaço Itaú de Cinema Brasília), Vitória (Sesc Gloria), Goiânia (Cine Cultura Goiânia e Lumiere Bouganville 5), São Luís (Cine Lume), João Pessoa (Cine Bangue), Recife (Cine São Luíz, FUNDAJ Cinema do Museu), Teresina (Cine Teresina), Curitiba (Cineplex Batel e Cinemateca de Curitiba), Niterói (Cine Arte UFF), Rio de Janeiro (Espaço Itaú de Cinema Botafogo e Estação Net Rio), Manaus (Casarão de Ideias), Aracaju (Cine Vitória), São Paulo (Espaço Itaú de Cinema Augusta, Cinesystem Morumbi Town e CineArte), Palmas (Cine Cultura Palmas), Porto Alegre (Cine Bancários), Salvador (Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha), Belo Horizonte (Cine Belas Artes, Cine 104), Santos (Cinespaço Miramar), Belém (Cine Líbero Luxardo) entre outras.

Serviço

Os ingressos são vendidos a preço reduzido, através da bilheteria ou “Cartão Fidelidade SESSÃO VITRINE PETROBRAS”, que poderá ser adquirido no site do projeto. Valor máximo do ingresso: R$ 12 (inteira) / R$ 6 (meia) – variando de acordo com a cidade.

Gustavo Bispo é estudante de Geografia no IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia São Paulo). Apaixonado por cultura, fez da música e do cinema hobbies desde pequeno. Estudou música por 4 anos de forma independente, e estudou Roteiro no MIS. Seu projeto de pesquisa na faculdade tem como objetivo fazer a relação de conceitos da Geografia com cinema. Gustavo escreveu como convidado para a POLTRONA DIGITAL.

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