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Crítica: KONG: A ILHA DA CAVEIRA

Um filme tenso e com ritmo alucinante, que vai prender sua atenção do início ao fim.

Kleber Pedroso

Publicado em

Cena de Kong: A Ilha da Caveira<br /> Créditos da Imagem: Divulgação/Warner

Cena de Kong: A Ilha da Caveira
Créditos da Imagem: Divulgação/Warner

Esqueça o King Kong de Peter Jackson. O que você verá em KONG: A ILHA DA CAVEIRA, é algo totalmente diferente. Outra visão, outro filme, outro Kong.

A nova abordagem do mítico gorila gigante dirigida por Jordan Vogt-Roberts une diversas facetas de uma história bem costurada de modo a formar um todo. A primeira cena é ambientada no final da Primeira Guerra Mundial, em que um piloto japonês e um norte-americano têm seus aviões abatidos e caem na mesma ilha, a tal Ilha da Caveira, um local ainda desconhecido e isolado por um tempestade eterna, que a mantém longe de qualquer contato com a civilização.

As próximas cenas já pulam para a década de 70, nos últimos momentos da Guerra do Vietnã, quando os soldados norte-americanos estão começando a se retirar.

Samuel L. Jackson faz uma atuação primorosa como o Tenente Coronel Packard, um veterano de guerra condecorado que tenta digerir o fato de os EUA terem perdido a guerra (ou de estarem abandonando a guerra, como ele cita no filme).

Um dia antes de sair do Vietnã, Packard recebe a incumbência de escoltar, juntamente com soldados selecionados, um grupo de cientistas que planejam explorar e mapear a misteriosa ilha, encabeçado por Bill Randa (John Goodman), o qual acredita na hipótese de que a ilha seja habitada por criaturas gigantescas, e Houston Brooks (Corey Hawkings), um geólogo adepto à Teoria da Terra Oca.

Tom Hiddleston, que fez o ótimo e icônico papel como Loki nas franquias de Thor e Os Vigadores, aparece aqui como o ex-capitão James Conrad, das Forças Especiais Australianas, agora um mercenário contratado como rastreador para levar a equipe em segurança pela ilha.

Brie Larson (a Capitã Marvel) interpreta a fotógrafa investigativa e “anti-guerra” Mason Weaver, uma mulher extremamente forte e corajosa, digna de inspirar a você, leitora que nos acompanha. Mason também faz as vezes da “bela que amansa a fera”, mas você não verá nada como nos filmes clássicos, em que a linda mocinha loira usando um vestido branco esvoaçante é levada pelo monstrão para o alto do Empire State. Aliás, esqueça essa cena, também.

95% da ação de KONG: A ILHA DA CAVEIRA é ambientada na própria ilha, a qual, mais que um lugar, é, sem dúvida um personagem do filme.

Um ponto muito interessante a destacar é que a câmera usada por Brie durante as filmagens estava ligada e tinha filme de verdade! Algumas das fotos, feitas por Brie e pelo diretor-assistente Bryan Chojnowski podem ser conferidas no site Coming Soon.

“O departamento de props perguntou: “Você quer que a câmera esteja funcionando? É bem mais difícil pra gente se estiver funcionando”, e eu disse: “EU não ligo. Eu quero que a câmera esteja funcionando e eu quero que ela esteja com filme o tempo todo. Se ela estiver tirando uma foto, ela está fazendo isso de verdade.” Falei com Brie sobre a ideia e ela realmente abraçou isso. Ela é fotógrafa e diretora, também.” – Jordan Vogt-Roberts

Ah, e, lembra do soldado norte-americano que caiu na ilha na primeira cena? Ele é o Capitão Marlow, interpretado maravilhosamente por John C. Relly. Isolado da civilização por quase duas décadas anos, Marlow vive na ilha em meio a uma tribo de aborígenes que nunca sorriem e consideram Kong o seu deus. Alívio cômico e guia, sendo um grande conhecedor dos perigos da ilha, seu papel é fundamental para o desenvolvimento da trama.

Os efeitos visuais e sonoros são impactantes e ensurdecedores, e, na minha opinião, já merecem indicação ao Oscar. Vogt-Roberts usou muitos clichês holywoodianos no filme, é fato. Bebeu nas fontes de filmes de guerra dos anos 70 / 80, clássicos de ação / aventura e até tokusatus (preste atenção nos lagartões que Kong enfrenta), além de ambientar a trama em uma das épocas mais conturbadas da política norte-americana. Mas fez isso com maestria, e deu muito certo.

Enfim, se você gosta de filmes de guerra, de aventura, de ação e até mesmo de documentários sobre tribos isoladas e natureza, você irá gostar muito de KONG: A ILHA DA CAVEIRA.

E, não se esqueça, não saia do cinema antes da cena pós-créditos!!!

Sinopse

“Kong: A Ilha da Caveira” recria a origem do mítico Kong em uma aventura original emocionante dirigida por Jordan Vogt-Roberts. No filme, um eclético time de exploradores se aventura nas profundezas de uma desconhecida ilha do Pacífico, a Ilha da Caveira – tão bela quanto traiçoeira – sem saber que estão invadindo os domínios do rei dos símios, o mítico Kong.

Ficha Técnica

Título: Kong: Skull Island (Original)
Ano de Produção: 2017
Direção: Jordan Vogt-Roberts
Elenco: Tom Hiddleston, Brie Larson, Samuel L. Jackson, Jason Mitchell e John C. Reilly.
Estreia: 9 de Março de 2017
Duração: 118 minutos
Classificação: 14 – Não recomendado para menores de 14 anos
Gênero: Ação, Aventura, Fantasia
Países de Origem: Estados Unidos da América, Vietnã

Agradecimentos: Republika Pop, Warner Bros., Cinépolis JK Iguatemi

Kleber Pedroso é Editor da Poltrona Digital e tradutor profissional. Graduado como Tradutor/Intérprete (1998), pós-graduado em Gestão Estratégica de Pessoas (2010) e cursando uma segunda pós-graduação, em Filosofia (2018-2019).

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