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A Comunidade (Kollektivet) | Crítica

Kleber Pedroso

Publicado em

A Comunidade é um filme que irá mexer com seus sentimentos

A Comunidade Créditos da Imagem: Divulgação

Créditos da Imagem: Divulgação

Há muitos anos eu não ia ao cinema assistir um filme europeu. Quando recebi o convite para a cabine de imprensa de A Comunidade, fiquei feliz e empolgado em poder assistir algo que fugisse um pouco ao circuito de Holywood.

Não que eu, como todo bom nerd, não ame filmes de super-heróis repletos de explosões e efeitos especiais. Mas, cá entre nós, é bom variar um pouco não? Ainda mais porque um dia antes eu havia ido assistir Esquadrão Suicida, tema da próxima crítica.

A Comunidade é ambientado na Dinamarca dos anos 1970. O casal Erik (Ulrich Thomsen), arquiteto e professor de arquitetura na universidade, e Anna (Trine Dyrholm), jornalista e âncora de um telejornal, mudam-se para um antigo casarão em Copenhague com sua filha Freja (Martha Sofie Wallstrøm Hansen). Ambos percebem que não será fácil manter uma casa daquele tamanho, e Anna tem a ideia de convidar alguns amigos para morar com eles, dividir as despesas e fazer da casa uma comunidade, onde todos dividirão os custos e as tarefas.

Contrário à ideia de início, Erik acaba cedendo, e recebe na comunidade um amigo e uma amiga solteiros, um casal com um filho de 6 anos de idade, Vilads (Sebastian Grønnegaard Milbrat), portador de um problema cardíaco muito sério, e um aparente desconhecido que vive de “bicos” e não contribui financeiramente com as despesas da casa.

O diretor Thomas Vintenberg explora no filme as emoções humanas levadas ao extremo. Tudo na comunidade é resolvido na base do voto, à mesa de jantar, e ali são discutidos os temas que envolvem a casa e até mesmo questões da vida pessoal de cada membro que possam desestabilizar o tênue equilíbrio em que eles vivem. Como uma grande família, todos cuidam de todos e buscam coexistir na mais perfeita harmonia.

Tudo começa a desmoronar quando Erik acaba envolvendo-se com uma de suas alunas da faculdade, Emma (Helene Reingaard Neumann). A parte mais inverossímil do filme, por incrível que pareca, não se dá quando Anna toma conhecimento e aceita o caso extraconjugal de Erik da forma mais tranquila possível, embora Erik saia de casa por um período de tempo e passe a morar com Emma na faculdade, mas quando ela mesma propões que Erik e Emma venham morar juntos na comunidade. Não são necessários spoilers para imaginar que ex-esposa e amante do marido morando na mesma casa não dará muito certo.

Assista ao trailer do filme

Paralelamente a tudo isso, a trama trata da fragilidade de Vilads, que nutre uma paixonite por Freya, 8 anos mais velha, e o amadurecimento de Freya, ao passo que vê sua mãe beijando um dos moradores da casa em um bosque, descobre que seu pai está tendo um caso e começa a ter relações sexuais com seu namorado. Ainda assim, Freya mostra-se a pessoa mais equilibrada e serena entre todos os moradores da comunidade, sendo a responsável por manter o vínculo entre seus pais.

Longe dos falsos pudores de Hollywood, há uma cena com nudez total e frontal de todos os moradores adultos da casa, nadando juntos nus como forma de comemorar o nascimento da comunidade. E há cenas de sexo adolescente com Freja e o namorado.

A Comunidade é um filme que nos faz mergulhar no íntimo de cada um de seus personagens, rir, chorar, sentir raiva e frustração conforme a trama se desenrola. Faz questionar a vida em sociedade, os valores individuais e comunitários. É um filme tenso, com picos de alegria e tristeza. É um filme que vai mexer com você.

Ficha Técnica

Elenco:

Urich Thomsen

Fares Fares

Trine Dyrholm

Lise Koefoed; entre outros.

Direção: Thomas Vinterberg

Gênero: Drama

País: Dinamarca

Ano: 2016

Duração: aprox. 111 min

Previsão de estreia: 01/09/2016

 

Agradecimentos: California Filmes, Espaço Itaú de Cinema

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Kleber Pedroso é Editor da Poltrona Digital e tradutor profissional. Graduado como Tradutor/Intérprete (1998), pós-graduado em Gestão Estratégica de Pessoas (2010) e cursando uma segunda pós-graduação, em Filosofia (2018-2019).

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