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2019 – O ANO DA EXTINÇÃO

Confira a crítica de 2019 – O Ano da Extinção, escrita por nosso convidado Adriano Siqueira com exclusividade para a POLTRONA DIGITAL!

Adriano Siqueira

Publicado em

Pôster de “2019 – O Ano da Extinção”
Créditos da Imagem: Imagem Filmes

Um dia os vampiros iriam dominar a terra e vampirizar todos os seus habitantes.

É isso que o filme 2019 – O ANO DA EXTINÇÃO aborda em sua fantástica produção e um bom roteiro sobre os temas “final do mundo” e “uma nova civilização”.

Não pense que os vampiros iriam ficar bonzinhos quando dominassem a Terra.

No filme, há muitas manipulações políticas e baseadas em regimes antigos que fazem com que a população vampírica tenham uma confiança duvidosa sobre os seus governantes.

O curioso de 2019 – O ANO DA EXTINÇÃO é que ele mostra vários personagens com o seu modo de vida diferente para que o público entenda bem como se encaixar nesta atmosfera noturna.

Tudo funciona perfeitamente, e com uma pequena dose de sangue, os vampiros vão vivendo a sua vida como podem. Porém, sangue não é tão fácil de conseguir, já que os humanos estão se extinguindo, e o sangue dos animais não é o suficiente para alimentar completamente uma população de vampiros.

Veja bem, a Vampirella, personagem dos quadrinhos da década de 1970 e que foi baseada na Barbarella, filme da década de 60, mostrou que o seu planeta de origem era Drakulon. O planeta tinha sangue nos rios ao invés de água, e a sua população vivia bem.

No caso de 2019 – O ANO DA EXTINÇÃO, um vírus é a causa da vampirização dos humanos. E tudo se espalha rapidamente. Mas a água continua sendo água, e isso se torna um grande problema.

O sangue acaba se tornando algo comercial e é distribuído na alimentação em pequenas doses.

No café, por exemplo, há um pouco de sangue, e em todos alimentos também precisa haver sangue.

Isso faz com que a população se sinta enganada e, com isso, existe revolta e problemas que acabariam em uma grande rede de tráfico para tentar sanar os problemas que o governo causou por tentar diminuir as doses de sangue.

Lembro bem que, na série clássica de TV Jornada nas Estrelas, no episódio “Missão: Aniquilar”, Capitão Kirk e a sua tripulação atendem a um pedido de socorro em um planeta cujos habitantes estão em apuros com seres que grudam em seus corpos e dominam a sua mente e corpo. Esses vampiros espaciais têm uma fraqueza com relação à luz, mais especificamente, a luz ultravioleta.

Assistindo esse episódio é possível entender como a cura pode funcionar neste filme.

Algo que me deixou interessado e que deveria ser mais aprofundado é o sangue dos vampiros e as suas propriedades. O humano vampirizado não poderia se alimentar de seu próprio sangue, pois se transformaria em um monstro-vampiro e seria banido do convívio com os vampiros civilizados.

Essa questão de o vampiro não poder usar o seu próprio sangue já vem de muito tempo.

O sangue do vampiro não é uma fonte de alimentação para ele, pois seu sangue passa a ser algo que, em alguns casos, pode transformar humanos em vampiros, e cachorros também, como vimos no livro Eu Sou a Lenda, do escritor Richard Matheron, em Entrevista com o Vampiro, da escritora Anne Rice e, também, em Drácula de Bram Stoker.

O filme segue bem com os atores Sam Neil e Willem Dafoe. Sam encarna bem o vilão e lembra o personagem que ele interpretou na década de 80 em A Profecia 3, já Dafoe já interpretou Max Schereck/Nosferatu no filme A Sombra do Vampiro.

O visual do mundo em 2019 é bem futurista, e a cor azul do filme e os movimentos da câmera lembram muito o estilo de Underworld.

A música do trailer é da banda Placebo, que fez um cover de Running Up That Hill, de Kate Bush.

O filme foi produzido em 2010, e é um dos filmes de vampiros que indico.

Embora seja mencionado em alguns veículo como um filme de terror, eu o coloco na categoria de ficção científica.

Sinopse

Dez anos depois de uma praga transformar a maioria da população do mundo em vampiros, uma escassez crítica de sangue provoca mutações nos vampiros. Edward, um hematologista vampiro, tenta desenvolver um substituto do sangue quando conhece Lionel e Audrey, dois seres humanos fugitivos que afirmam ter uma possível cura. Edward começa a trabalhar com eles na esperança de aperfeiçoar a cura antes que seja tarde demais.

Ficha Técnica

Título: 2019 – O Ano da Extinção (original: Daybreakers)
Ano de Produção: 2009
Direção: Michael Spierig, Peter Spierig
Estreia: 12 de março de 2010
Duração: 98 minutos
Classificação 16 – Não recomendado para menores de 16 anos
Gênero: Ação, Fantasia, Ficção Científica, Suspense, Terror
Países de Origem: Austrália, EUA

Adriano Siqueira é o mais prolífico escritor de contos de vampiros do Brasil, tendo iniciado sua jornada em 1997. É membro efetivo da Academia de Letras José de Alencar, em Curitiba-PR, desde 2015, e participa do Núcleo de Literatura e Cinema André Carneiro desde 2016.

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